Ficção
Benditos os que vivem na ficção, a reconhecem como tal, e dela fazem fonte de inspiração para um mundo melhor e menos cruel. Distantes dos que vivem uma realidade ficcional de hipocrisia, desamor e injustiças.
O que somos nós, além de pedaços de sonhos, e míseras partículas de esperança?
Jogados como cartas marcadas, num universo de personagens sem graça, numa falsa “comédia da vida privada”, aguardando uma pequena chance de felicidade.
Atropelando a liberdade alheia, justificada pelo direito próprio, numa luta insana por poder e luxúria, desprezamos as grandes possibilidades de crescimento espiritual, reveladas num pequeno gesto de bondade, perdão ou gratidão.
Gostaria de viver eternamente num romance tolstoiano, e dele fazer minhas verdades subentendidas. Eternizar minhas pegadas nos momentos em que acertei, e despejar todo sentimento de amor e respeito, sobre as páginas de sua vida.
A poesia me liberta, porque sua fonte é um coração sedento por humanidade.