Indiferença

Claro está que há o escuro

Escuro está sem o claro

Minha moeda me fita com olho duplo

Meu espelho me vê como eu vejo.

Minha mulher me observa, reconhecendo-se

O céu sente inveja de minha terra

Minha terra sonha com as nuvens

As nuvens correm em busca de quê?

Não correm, deixam-se esvoaçar

Se chegam ao mar, está bem

Se chegam às montanhas, tanto melhor

Se chegam aos meus cabelos, continuam indiferentes.

Adelfo Sopran
Enviado por Adelfo Sopran em 09/10/2018
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