Indiferença
Claro está que há o escuro
Escuro está sem o claro
Minha moeda me fita com olho duplo
Meu espelho me vê como eu vejo.
Minha mulher me observa, reconhecendo-se
O céu sente inveja de minha terra
Minha terra sonha com as nuvens
As nuvens correm em busca de quê?
Não correm, deixam-se esvoaçar
Se chegam ao mar, está bem
Se chegam às montanhas, tanto melhor
Se chegam aos meus cabelos, continuam indiferentes.