A PAZ DAS PEDRAS
Quero a Paz das pedras...
Não o seu sofrer estagnado.
Quero a paz das pedras
Vendo o fluir das águas
E seu canto, empolgadas!
Quero a Paz das pedras,
Inaudíveis... solitárias...
Pouso e palco, orvalhadas,
Onde pássaros e andorinhas
Batem asas em revoadas.
Quero a Paz das pedras
Pois não mais fluo...
Tampouco tenho asas.
Quero a Paz das pedras
Na hora incerta da jornada
Do rolar em queda...
Sem carinhos, esquecidos.
Em mim, só e profundo,
No meu ser fazer morada.
Quero a Paz das pedras
... desválidas
Ao longe serem atiradas.