ENTRELINHAS
Aprendi ler nas entrelinhas, metáforas da vida,
Fico incrédulo com o que leio,
Palavras óbvias de magia,
Sem moral nem pejo.
Vivemos nas entrelinhas, inseguros e nervosos,
Por não sabermos o que somos,
Se humanos ou gnomos,
Criamos atrozes.
As entrelinhas são como teia que nos envolve,
Não nos dá liberdade para pensar,
Até nos impede de amar,
Porquê, nunca soube.
A nossa vida é feita de muitas entrelinhas,
Difíceis de poderem ser destruídas,
São invisíveis e pequeninas,
Devem ser esquecidas.
Tenho de destruir as malditas entrelinhas,
Que me dificultam os movimentos,
Preciso de bons momentos,
Para não serem minhas.
Ruy Serrano - 15.09.2018