O ciúmes bate no estômago

Enquanto o amor bate na aorta,

o ciúmes te empurra o estômago.

Faz a boca salivar e a visão embaçar. Faz a mente confundir e a perna bambear

Vestindo meias nos pés enquanto não percebo estar inteira.

O ciúmes bate no estômago. Corrompe a pureza, retém toda leveza, faz da posse companheira.

O ciúmes dá ânsias de vomito, pois não se quer nunca senti-lo e te obriga à disciplina. O ciúmes é humano, mas te faz sentir impotente e fora da essência espiritual.

O ciúmes bate no estômago, retira as borboletas e revira no avesso.

O ciúmes quase sempre vem da carne. Em mim, vem da personalidade.

O ciúmes pra muita gente, bate e arde o sexo.

O ciúmes pra mim, realmente, paira no estômago e desorienta a pulsação do corpo. Faz de mim escrava da própria mente, viro fruto da minha imaginação.

O ciúmes não faz sentido. E não entendo quando o sinto.

Ao invés de passarinho

deixo de ser qualquer tipo de bicho.

È... o ciúmes te obriga a deixar de ser

seja lá o que for.

Jogo fora, sou minha. Arranco do estômago nem que seja a força. Mas hoje, me nego, não me entrego. Liberdade é unicamente ligada com a falta do medo...

Quemsoucomosoucomquemestou

prefiro ser nuvem

que chora e desaparece

do que sentir a porcaria de um sentimento

que pega sua alma e te inverte...

Gabi Batoni
Enviado por Gabi Batoni em 14/09/2018
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