Outro Outubro

O mundo é grande

A ignorância é que reduz o espaço

Vejo quatorze milhões

Fadados ao fracasso

A inteligência quando egoísta,

Deixa sequelas na vida

Causa impacto do tipo nazista

Sem esperança na “terra mais garrida”

Quando a Ordem está sem Progresso

O medo da morte, do azar e do porte

O réu confesso e líder

Faz o alarme pra quem tem sorte

Vejo um futuro escuro

Sem paz e só o grito do aflito

Fujo do pacto subindo o muro

Queima a mente enquanto grito

Indecente eu até queria

Trabalho 8 horas por dia

O arroz da marmita rende

Água que bebo é enchente

Se falta saúde, estamos sem exames

O protesto é devaneio da minha mente

Indignado pela indiferença dos infames

Só diz o que pensa, quem sente

Tem post grátis de competição

O medo de tudo ficar pior

Do lado de fora outro falastrão

Iludindo como se fosse melhor

A fé prega incentivo a guerrilha

Todos os dias panfletam sua porta

A cada quatro anos mudam a quadrilha

Saqueados da democracia morta

Você tenta ser feliz

Prostitui por três mil

O mundo te odeia

Porque nasceu no Brasil

Favela invadida

O barraco tá armado

Guerra por segurança

Compraram o blindado

Granada de gás

O lá de casa acabou

Emprego ninguém traz

Come o resto que sobrou

Não reclame porque isso é feio!

Pastor rodando de Amarok

Guia da prosperidade do meio

Pague a sua parte e seja forte

Deus vai arrebatar os humildes!

Desculpa por castigar esses pobres

Perdão pela promessa esquecida

Os meios justificam os fins dos nobres

Glaussim
Enviado por Glaussim em 13/09/2018
Reeditado em 13/09/2018
Código do texto: T6447298
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