SETE CHAVES
Busco a ausência do ser
Repleta de segredos
Escondida debaixo
Da terra fria.
Seu fulgor amarelo
Rodeado pelas pedras
Acinzentadas do vulcão
Escondidas pelo tempo.
Uma couraça dupla
Que se funde
Na razão do ser
De ter.
Simples doce
Amarga com açúcar
Café puro
Sabor de infância.
Suas amarras trancadas
Envoltas em correntes
Fechadas em aço
Sem a forma de abrir.
Agora rodeado
Pelas destrancas
Me perco
Me consumo.
Olhando para elas
Com a certeza
De mesmo tendo a chave
Não vou abri-las.