1041) O POEMA
Ele me perturba nas madrugadas,
aguça meu corpo e ente,
desliza entre os meus dedos,
mãos, veias,
no meu sangue quente.
Se mostra austero
e remitente...
Flui em minhas vertentes.
Me devora por inteira,
se acaso dele me esquivar.
Toma minha vontade,
e cai inteiro nos meus braços,
feito amante, querendo me amar...