Reflexão
Saiba que somos feitos da mais ampla imaginação
E por assim ser
Nossos pensamentos e ações não nos pertencem
Apenas o reflexo de nossas inações
Dão sentido à inconsistência peculiar do mundo material
É preciso libertar-se de ti
Para realmente a ti revelar-te
Por esse motivo
A evolução do “ser” segue imperfeita.
Um desejo sem propósito,
Um pensamento sem direção,
A intensão sem fundamento,
O objetivo sem conclusão
...
Tais desorientações, perpetuam-se em si.
Não se isentam de precipitações
Nem almejam novas convicções
Apenas, mantem-se na dualidade
Não enxergando o todo como unidade.
Mas, por meio da reflexão
Pode-se permitir alguma remodelação
Pois, a mesma, não perdura em clausura
E sim, repousa serena no horizonte longínquo do despertar
Sem reprimir desejos nem sentimentos
Apenas nutrindo a mais perfeita e inabalável quietude
Que brota, desde o princípio de si, em si.
E, por meio de si,
Através do equilíbrio e da desoneração de suas convicções
Livra-se das grades da incompreensão
E mergulha nos profundos caminhos do conhecimento
Pois, aquele que age
Mesmo preso às amarras da ignorância
Forja em si o novo “ser”
De sonhos, de exílios,
De pensamentos sem sentido
Mas inundado de temperança e inabalável confiança.
E assim, o “ser” desperta-se
Por meio de ponderações e aceitações,
De pureza, sem precipitações
Ofertando sua carne como pão
Apenas, por acreditar alcançar
Aquilo que já repousa em suas mãos.