A GRAMA DO VIZINHO

Por que choras tão triste amargurado

Olhando de lado observa com inveja

A grama verde do vizinho,

O seu jardim florido

Recebendo visitas de pássaros

E borboletas coloridas.

E tu, nesse canto sentado

Com um enorme quintal

O que tens plantado?

Ao invés de arar a terra

Semeia angústia

Desesperança

Ódio.

Ódio contra o mundo

Que retorna a ti.

E tu achando que teu vizinho teve sorte!

Não, ele apenas aradou

Plantou

Regou

E em troca

Recebeu suntuosas flores.

Que fazes tu nessa vida?

Não sabes que tudo o que plantas haverá de colher?

Então se plantas inveja e ódio

Odiado serás em teu aposento

Seco

Rabugento

Esperando o acaso da sorte que nunca irá acontecer.

Joel Marinho