Minha confusão
As ondas arrastam a areia da praia.
A espuma toca a ponta dos meus dedos.
A lua parece querer beijar as águas.
Eternas amantes.
Se obervam.
Ansiando por se tocarem.
Desejando sentir a textura de suas substâncias.
Não há ninguém.
Ninguém para observar minha contemplação.
Ninguém para perguntar sobre minha confusão.
As águas se estendem pela praia.
Limpam.
Tomam para si a sujeira.
Me deito sobre a areia molhada.
Na esperança que as águas arrastem para si.
A bagunça que há em mim.