ANJO OU DEMÔNIO?

Como me apraz escrever poesias,

delicio-me com a escrita de cada linha,

pego carona no intelecto dos sentimentos,

e transporto-me de corpo e alma

para dentro de cada verso.

Delicio-me, sinto fome de pauta,

e a cada inspiração, aumenta meu desejo,

minha sede de escrever, sinto o cheiro do ato

no ambiente onde estou, às vezes sou um anjo,

um demônio, ou simplesmente, um caso de amor.

Sigo imaginando e escrevendo.

Outrora, me vejo como um investigador,

um Sherlock Holmes poeta, deveras,

crio asas voo longe, como um protagonista,

às vezes, como o ator principal da peça.

Procurando, sigo na lida dos versos.

E você... Lá estavas no cantinho, na penumbra,

e juntinho a você alguém também estava,

coladinho ao teu corpo, às vezes na escuridão,

um, fazia parte do outro: anjo ou demônio?

Ora! Não existia ninguém, nem palco,

simplesmente brotava no ar, a inspiração,

a degustação de mais um texto de poesia.

E no imaginário, ouve-se o som da campainha.

Fim do primeiro ato. Aplausos...