A Decadência das Culturas
Deus está morto
As religiões estão mortas
Em um campo vasto de margarida
A filosofia há de morrer
Quem dirá?
Aterrado de criticar a ciência
Em vista de espetáculos ludíbrios jogados de suas lábias
Dançando e em canto, com públicos a derramar medo
Quem dirá que sou terno por Eros?
Que percorrerá pelas cavernas e bosques
A ponto de dizer
Tudo está morto!
Quem dirá?
Que irei vagar lentamente pelo flamejante inferno
Diante da minha ausência no sepultamento dos que morreram
Com um cerne lunático a sofrer por saudades
Restam somente eu e você
A caminhar de mãos dadas contra a tempestade
Sem forças,
Mas disposto a pelejar