PÉTALA
Uma petalazinha tão tênue.
Como um crepúsculo que enfeita
Desmorona-se sobre o chão
E ali jaz inerte, desfeita.
Então, submissa ao Sol, se decompõe, seca,
Fica tão disforme, deixa de ser pétala !
Quando a vejo assim
Não reconheço o que foi,
Talvez porque muito áspera...
Mas a delicadeza manter-se-á até o fim.
Embora já não tenha a graça de outrora,
Saibamos que um dia foi pétala.
Prestemo-lhe, assim, homenagens
À graça que se foi embora...
Dedicado à Virgínia Lane, A Vedete do Brasil
Escrito em 1984.