Não sei de mim
Não sei de mim.
Por que isto lhe assusta?
Abrir o vácuo da alma diante de suas certezas
Não deveria ser elemento emudecedor.
Não sei de mim
Como você não sabe de você mesmo.
Apenas brincamos de entender o delírio em que habitamos.
Falo sobre meus sobressaltos, você desvia o olhar.
Não sei de mim
E acredito não querer saber.
Perdi tempo demais querendo saber de você
Quando nem mesmo seu nome você sabia.
E a obsessão de checar sua identidade
Levou-me a compreender a frieza do mundo.
Olhando para você vejo a dúvida
Enquanto outros são enganados pelo seu poder.
Você levou-me a não saber de mim.
Foi questionando minha sanidade mental que descobri
Que para além de sua palavra, tão bela e impostada
Há uma mentira que permanece.
Não sei de mim foi a forma de encontrar-me.
Dúvida posta diante das certezas que você pregava.
Elas trouxeram-me respostas,
Enquanto sua avidez desconstruiu minha ingenuidade.
Não sei de mim e não tenho vergonha de dizer.
Pior é você que diz saber sem ao menos ser.
Desprezível é sua arrogância do alto do seu olhar superior.
Mas chegará a dúvida.
Ela será como faca afiada e desgovernada.
Será instrumento de dor a dilacerar sua alma.
Será o preço da certeza desregrada.
Será a porta para o seu dizer: "também não sei de mim".
Arte: Coração na mão
Artista: Duda Caldas
https://www.urbanarts.com.br/duda-caldas-3784/f
Não sei de mim.
Por que isto lhe assusta?
Abrir o vácuo da alma diante de suas certezas
Não deveria ser elemento emudecedor.
Não sei de mim
Como você não sabe de você mesmo.
Apenas brincamos de entender o delírio em que habitamos.
Falo sobre meus sobressaltos, você desvia o olhar.
Não sei de mim
E acredito não querer saber.
Perdi tempo demais querendo saber de você
Quando nem mesmo seu nome você sabia.
E a obsessão de checar sua identidade
Levou-me a compreender a frieza do mundo.
Olhando para você vejo a dúvida
Enquanto outros são enganados pelo seu poder.
Você levou-me a não saber de mim.
Foi questionando minha sanidade mental que descobri
Que para além de sua palavra, tão bela e impostada
Há uma mentira que permanece.
Não sei de mim foi a forma de encontrar-me.
Dúvida posta diante das certezas que você pregava.
Elas trouxeram-me respostas,
Enquanto sua avidez desconstruiu minha ingenuidade.
Não sei de mim e não tenho vergonha de dizer.
Pior é você que diz saber sem ao menos ser.
Desprezível é sua arrogância do alto do seu olhar superior.
Mas chegará a dúvida.
Ela será como faca afiada e desgovernada.
Será instrumento de dor a dilacerar sua alma.
Será o preço da certeza desregrada.
Será a porta para o seu dizer: "também não sei de mim".
Arte: Coração na mão
Artista: Duda Caldas
https://www.urbanarts.com.br/duda-caldas-3784/f