Esquina Sagaz

Eu vi de longe uma fumaça
Era de uma câmera antiga
Registrando a força negra feminina
Dos antenados desaliados
Entre as pedras calejadas da força negra
Que carregou um por um
E que sentiu gota por gota de suor
De lagrima
E sangue
Numa esquina fui alegre e sagaz
Vi beleza incomum
Achei o navio negreiro
Cheio de expressão, beleza e leveza
Que assusta a nação
E dispara corações
Avistei uma câmera de última geração
Registrando sofrimentos passados
Que tenta resistir no presente
Mas o tempo se esgota
Pois a cada nova esquina
Cada nova rota
É sagaz
Não tem apavoro
Hoje, somos donos do tesouro
Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 31/07/2018
Reeditado em 31/07/2018
Código do texto: T6405404
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