INSIGNIFICÂNCIA
Nossa constituição parece ser pedra tijolo e cimento
Porém nos constituímos de carne, osso e sentimento.
Deveríamos ser como a perfeição
Mas somos seres em construção.
Que bom seria se pudéssemos apenas brilhar
Mas precisamos sempre nos reencontrar.
Se com a vida pudéssemos subsistir
Na magnitude não precisaríamos nos redimir
Vivemos hoje como se não houvesse amanhã
E por esse motivo estamos sempre na certeza vã.
Na imprecisão do que devemos ser
Vivemos sempre precisando reaprender.
Enfrentamos os percalços na ignorância
Queremos superar pela própria observância.
Retemos saberes que deveriam ser compartilhados
Pois ainda não compreendemos o recado.
Caminhamos com os olhos vendados
E nem imaginamos o que há do outro lado.
E se pudéssemos compreender o que nos espera
Certamente viveríamos sobre outra esfera.
Compreenderíamos que a vida é presente
E que "ser humano" é surpreendente.
Saberíamos nos conectar com o mundo
Teríamos pelo outro um amor profundo.
Deixaríamos para trás pensamentos mesquinhos
E na alegria encontraríamos o caminho.
Assim, na simplicidade do tempo fugaz
Faríamos uma viagem na luz e pela paz.