Acorrentada
Ando arrastando minhas correntes, me assustando com seu barulho
Mas nem mesmo sinto elas pesarem.
E que choro há tanto tempo que passei a chorar por tudo e ao mesmo tempo nem saber porque estou a chorar.
E como andar em águas rasas e mesmo assim me afogar.
Ninguém mais me olha
Ninguém mais me vê
Esqueceram de jogar a cordar para me salvar.
Deixaram-me aqui presa, solitária, perdida
E de tanto tempo me deixarem
Daqui mais não consigo voltar
Vazio pior não há do que aquele que em mim está.