ECLIPSE
(Por Érica Cinara Santos)
E na noite da Terra fez-se a lua
Como o é desde os primórdios deste orbe
Cheia luz, linda, clara e nua
Cujo brilho traz emoção que d’alma transborde.
Há século, porém, não se vê como agora
Alinhada atrás de nós, como a esconder-se da luz inda mais imponente
Sangra em rubro tom, confunde olhos docemente
É atriz principal,... do palco-céu a Senhora
E assim por longos minutos fica
Na penumbra, à espreita, às escuras
Figura nuances de intermináveis conjecturas
A filosofarem sobre o que tal alinhamento significa
Creio, porém, no que dizem os “místicos”
Eis que falam sobre mudanças e limpezas astrais
Inda que não pareçam dizeres científicos
Trazem a sabedoria de tempos imemoriais.
Que tu sangres então, oh lua!
Que te escondas em sombra por um período inteiro!
Se depois de estampado todo o escuro de teu vermelho,
A clara, limpa e verdadeira luz novamente refletida flua!
OBS: Antecipando as emoções e a filosofia por detrás de tão esperado evento, o ímpar eclipse lunar desta noite.
Apreciem sem moderação!.... Especialmente o eclipse!...rsrs