Você chegou ao seu destino?
Dirigindo num amanhecer frio de um dia corriqueiro
Em uma Curitiba de céu nublado
Um espírito em agonia que espero passageiro
Vem de carona com melancolia agasalhado
Seria pelas pessoas em suas bolhas
Entoando apressadas suas buzinas
Alheias e irresponsáveis por suas escolhas
Piloto automático na rotina
E o ser humano ficando pequenininho
Sumindo em sua armadura motorizada
Não importando quem lhe cruzar o caminho
Preocupados que estão com a hora de chegada
Aplicados escravos da tecnologia
Humanidade em trânsito incomunicável
Será que no fim de suas rodovias
Perceberão a energia gasta com o descartável?