As repetições das repetições.
Repete a dor.
Renova a esperança.
Continua a ideologia.
O desejo da alegria.
Como se fosse uma nova vida.
Desse modo, passam os anos.
Como se alguma coisa fosse diferente.
Os sóis sobrepoem uns aos outros.
Renascendo novos clarões
As interminaveis primaveras.
Assim reformulam os blasões.
Outros momentos incansáveis dos vossos dizeres.
Os lados opostos se reconstituem.
Os olhares incomunicaveis de outros tempos.
em cada instante.
Os ultimos sinais.
Florescem então novos sonhos.
A repetição contínua.
Desde o primeiro instante.
O meu eu sendo outros.
Outros serão o meu eu.
Mesmo sem a minha cognição.
Posteriormente, uma parte do nada.
Sendo poeira química.
O olhar cósmico do universo, perdido no infinito.
As ondas mar, o brilho do sol e ar da respiração.
Por último a imaginação perdida no silêncio das intuições.
Edjar Dias de Vasconcelos.