VENTA O VENTO...
0 vento na janela batia,
eu não o deixava entrar,
pois, dele medo sentia,
fosse de novo me magoar!
Dividi os meus carinhos
e também a solidão,
dividi suaves vinhos,
e o meu triste coração!
Com o passar do tempo,
o mesmo vento, ventou,
levando as nossas coisas,
e só a saudades deixou!
Ao sibilar lembranças traz,
dos nossos molhados beijos,
daqueles ardentes desejos
e do nosso tempo de paz!
Levou o cruel vento,
em noite de aguacento,
a fantasia e meu sonho,
me deixando cá tristonho!
Sibilando bate o vento,
suplicando deixa-lo entrar,
na solidão, penso lento,
abro a janela; deixo ventar...
d.lage.