Segunda Morte

Tudo que é vivo morre,

até o morto morre de novo,

para só depois acabar.

É Triste pensar,

quando a última lembrança morre dentro da alma da gente,

do ente querido, da esposa, dos filhos, do eterno amigo,

sem nada de quem já morreu,

no mundo, deixar.

É como DEUS

estendido na beira do túmulo,

segunda e última morte do homem,

último sepulto, cercado de anjos e flores,

de trombeta dourada nas mãos,aguardando a última fúnebre canção,

o fim de triste louvores, para em seguida,no fundo profundo do negro jazigo,

seu corpo ainda insepulto, mas já esquecido,

ninguém enterrar.

O inexistir do último lembrar!

Para memória do morto, é a morte de novo.

É a desprimavera sem flores, o vazio terrível e absoluto de tudo!

Abismo silencioso e sem fundo, para quem é vivo,

sem DEUS, na angústia do mundo,

um dia pensar.

Jaíres Rocha
Enviado por Jaíres Rocha em 19/07/2018
Reeditado em 01/11/2021
Código do texto: T6394523
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