Vermes dementes
Rasga a semente o broto já em desgraça,
Surge à luz obscuro verme demente,
Prolifera no Amago da alma sub-raça,
No chorume que vaga vã semente.
Na potrificação do caos
já trouxera na raiz mais torpe,
Da jornada ao inferno condenado,
Jorra veneno, qual o rio, sangue sem vau.
Brota condenado maldito,
Na carniça rói, devora vomita,
No escroto de uma vida amaldiçoada,
Constrói o império em conflito.
Reina pragas daninhas,
Impera, ordena, reprime.
Abutres, restos e ratos,
Não são menores seus despachos,
Não neste palco sem regime,
Onde só o poder o status,
São suas garantias além seus crimes.
Deixa o regaço da vida contaminada,
Toda existência estagnada, atada.
Pelo mal que prolifera.
És tu pátria amada que paristes
tamanha indignação, tal bicho carniceiro?
Que vende a alma pelo dinheiro,
Entrega-se a desordem pública,
Não se fazendo maiores do que putas,
Na troca desenfreada de más condutas.
Cresce erva lazarenta, em chagas,
Atormenta devora consome,
Proclama que ardem seja estalada,
Na rendição seja eterno.
Vá governa desta forma,
Junto a Satanás, o inferno.