Areia

Não podes deixar de minha mente

de menino adormecido

quando sobre o olhar estarrecido

os castelos e serpentes

Eufórico, construo e desconstruo

o mundo em plenos segundos

e assim ergo minha masmorra

e ali vivo a velha Andorra

Sem fim o mundo em minhas mãos

com feras, monstros e dragões

eu arquiteto da areia, na mãos ´pequeninas

operário em plena construção

valha-me a inocência de ser criança

que um dia o mundo possa enxergar

em minhas ruínas de areia

são sementes a lançar

na voz desafinada do menino inculto

que ensina a um adulto

que mundo pode ser reconstruído

num tênuo olhar indulto

Paulo Sergio Barbosa
Enviado por Paulo Sergio Barbosa em 14/07/2018
Código do texto: T6389748
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