Areia
Não podes deixar de minha mente
de menino adormecido
quando sobre o olhar estarrecido
os castelos e serpentes
Eufórico, construo e desconstruo
o mundo em plenos segundos
e assim ergo minha masmorra
e ali vivo a velha Andorra
Sem fim o mundo em minhas mãos
com feras, monstros e dragões
eu arquiteto da areia, na mãos ´pequeninas
operário em plena construção
valha-me a inocência de ser criança
que um dia o mundo possa enxergar
em minhas ruínas de areia
são sementes a lançar
na voz desafinada do menino inculto
que ensina a um adulto
que mundo pode ser reconstruído
num tênuo olhar indulto