Vieses do destino
Aquele que professa honestidade,
imune ao punhal do preconceito.
Aquele que, por Deus, se julga eleito
pra desatar o nó da falsidade.
Aquele que se sente à vontade
pra desdizer o dito e não dito.
Aquele que impõe seu veredito
acima da mentira e da verdade.
Aquele que desfaz o que foi feito
pra refazer à luz dos seus valores.
Aquele que empresta as sua cores
pra colorir o mudo do seu jeito.
Aquele que se julga um ser perfeito,
que apaga e reescreve o já escrito.
Aquele que escuta o próprio grito,
como se fosse um eco do seu peito.
Aquele que se acha um erudito,
que arrota saber ao dar conselho,
há de cair de bruço ou de joelho
como um verso sem rima mal escrito.
Aquele que se diz o mais bonito,
um dia vai chorar frente ao espelho.
Aquele que professa honestidade,
imune ao punhal do preconceito.
Aquele que, por Deus, se julga eleito
pra desatar o nó da falsidade.
Aquele que se sente à vontade
pra desdizer o dito e não dito.
Aquele que impõe seu veredito
acima da mentira e da verdade.
Aquele que desfaz o que foi feito
pra refazer à luz dos seus valores.
Aquele que empresta as sua cores
pra colorir o mudo do seu jeito.
Aquele que se julga um ser perfeito,
que apaga e reescreve o já escrito.
Aquele que escuta o próprio grito,
como se fosse um eco do seu peito.
Aquele que se acha um erudito,
que arrota saber ao dar conselho,
há de cair de bruço ou de joelho
como um verso sem rima mal escrito.
Aquele que se diz o mais bonito,
um dia vai chorar frente ao espelho.