Ode da Mulher Bonita

Difícil é ter temperança

quando se conhece uma mulher

em que nela as qualidades, as virtudes

já não cabem e se derramam

Nem queremos ter sucesso nisso

Rejeito os óculos de sol, guarda-chuva

não quero remédio e nem quero cura

Me deixa apenas contemplá-la

sem escudos nem armaduras

Ah, meu velho amigo,

tem mulher que é cheia de perigo

De uma metade de terreno íngreme

e outra metade de incerteza plana

Um labirinto na alma, alta chama

Mulher bonita é um desassossego

Mulher bonita por inteira, do avesso

É artigo de luxo, é coisa de primeira

É parada obrigatória e derradeira

Ricco Salles
Enviado por Ricco Salles em 13/07/2018
Código do texto: T6388675
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