Ode da Mulher Bonita
Difícil é ter temperança
quando se conhece uma mulher
em que nela as qualidades, as virtudes
já não cabem e se derramam
Nem queremos ter sucesso nisso
Rejeito os óculos de sol, guarda-chuva
não quero remédio e nem quero cura
Me deixa apenas contemplá-la
sem escudos nem armaduras
Ah, meu velho amigo,
tem mulher que é cheia de perigo
De uma metade de terreno íngreme
e outra metade de incerteza plana
Um labirinto na alma, alta chama
Mulher bonita é um desassossego
Mulher bonita por inteira, do avesso
É artigo de luxo, é coisa de primeira
É parada obrigatória e derradeira