OLHOS BRANCOS

No intimo de sua alma sedenta

Arde e cresce absinto pensamento

Que tal ilusão, a realizar, intenta

E deixar de ser, chaga e tormento

E, ainda ligado a forçoso passado

De correntes que encarceram vidas

Deixa-se ir só, sem alegrias do lado

Sem perceber as doces horas já vividas

Mas, o amor, sentido da existência humana

Apesar de relutantes olhos se negarem ver

Faz perdoar a pobre e decaída alma profana

Que começa num singelo gesto de bem querer

Quinho Barreto
Enviado por Quinho Barreto em 12/07/2018
Código do texto: T6388104
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