ENTORPECE-ME
Mexe em meus cabelos
Afague a pobre cabeça cansada
Deixe-me estar quieto e seguro,
Feche meus olhos, ponha-me em luz,
Que a vida não me vale nada!
Quisera eu cavalgasse o corcel negro
De rédeas e crinas ao vento
na doçura dos olhos fechados,
pudesse sentir
mãos aliviando os pensamentos.
Seria eu neste momento? um pássaro sem medo?
Talvez um anjo cadente
numa noite esmaecida? Não saberia,
Só sei que sentiria, o sonho me entorpecendo
Definitivamente, a felicidade é uma arma da inocência
Vivente nas bolhas do inconsciente,
Para onde eu teria ido, longe do meu eu,
inteiramente de mim, se esquecendo.