Final de Festa
Nem estrela nem nuvem,
só fumaça da fogueira.
O arraial, agora, silencioso
sem conversa, sem sorriso sem asneiras!
Só, só a dança nas folhas da bananeira.
Num cantar, o vento tendencioso,
mostra o encerrar das brincadeiras.
Onde está o show pirotécnico,
Os balões e a comilança?
Ninguém mais para uma contradança,
Se não a garrafa que se esgota,
Em mais um gole arde o peito.
Agarro-a firme, minha garrafa ....
Para que também não negue
A mim o direito de ser criança
Caído como anjo arrependido
Adormeço mais confortável berço
Agarrado a mamadeira de aguardente
Ali o homem, o mendigo, o andarilho
Que importa? – Pudera ser o modelo
Agora derradeiro espreito o direito
De sorrir, sonhar e ser compreendido.