Preciso descansar, deitar, ficar na cama quietinha, em silêncio e sozinha. 
Meu corpo sutilmente emite sinais e pede essas pausas educadamente, quando ignoro, ele me obriga a escutar.
Meu corpo também faz pirraças: demora a assimilar os analgésicos, não responde, reage mal e tenta me tirar do sério. É um corpo inteligente, já brigamos muito, hoje praticamos a política de boa convivência.

Tenho que ter muita paciência, a dor não espera! Estes momentos de acolhimento são muito importantes, só que nem sempre as pessoas ao redor compreendem.
Adoro companhia, estar no meio de gente, conversar e conhecer pessoas, amar e ser amada. Compartilhar, brincar, rir e me divertir. 

Quando busco o silêncio, busco um refúgio para me sentir acolhida e em segurança. É uma necessidade, normalmente chega assim: o cansaço aumentou, o desconforto está incontrolável, a irritação e a impaciência já começaram a apontar, e a tendência é piorar.


Posso chorar, meditar, respirar, praticar, dormir, cochilar um pouquinho, me distanciar de tudo e de todos. 
Posso acalmar a mente, o corpo, aguardar o medicamento fazer efeito, relaxar, tomar uma banho quentinho, me enrolar nas cobertas e me aninhar. 
Posso até mesmo voltar muito melhor e mais animada, para quem quiser me esperar.
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 07/07/2018
Reeditado em 05/09/2018
Código do texto: T6384068
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