Ingrata

Hoje, bateu-me a porta minha amiga,

Que muitas vezes adormecida,

Fica tranquila e repousada no silêncio

que também me silencia.

Na memória, a infância,

De sorrisos inocentes,

De bagunça e risos efervescentes

As gargalhadas que incomodavam

Tanta... gente.

Pois é ela, que hoje de saudade

Bate a minha porta

Com ar todo colorido,

Vem tirar de mim mais um sorriso

Mostra-me os amigos do eu ainda criança.

Como um relâmpago viaja em meu pensamento

Vasculha meu baú de relíquias

Resgata os mais raros sentimentos

Ela está aqui, e nem foi convidada

Mas atrevida, bateu a mente,

E logo adentrou-se

num mundo de heróis me colocou,

Diante a rua de terra,

da casa velha com gramado.

Da cerca de balaústre deitada.

A atrevida vai no íntimo da alma

Buscar no inconsciente

as lembranças inocentes.

E a alma agora sorri, enquanto a lágrima percorre

A face do menino franzino

Agora já não tão menino.

Se não quando ela, a atrevida, entra e salienta

os momentos de lembranças

sem chave, sem tranca,

simplesmente, vem me arranca

os momentos da infância

que por graças,

Sempre irão me acompanhar.

Paulo Sergio Barbosa
Enviado por Paulo Sergio Barbosa em 04/07/2018
Código do texto: T6381796
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