Vendedor de ioiô

Não mais que onze anos,

Encardido, bermuda agarrada nas pernas

De olhos esbugalhados, num rosto escondido,

Grita num ecoar de desespero;

Querendo vender ao mundo inteiro:

Olha o ioiô, vem comprar gurizada.

Na avenida principal a vergonha atormenta

Já o menino desembaraçado,

Grita, berra e em gargalhada, alimenta a esperança.

Faz piada no arremessar dos ioiôs

Mostra a molecada a oportunidade de ser criança

Joga, brinca, mostra no sorriso ardente,

Escondido no olhar sapeca e entristecido.

Nunca sabereis que a venda daquele brinquedo,

Fora o doce, a maçã e o sorvete daquele irreverente.

Paulo Sergio Barbosa
Enviado por Paulo Sergio Barbosa em 03/07/2018
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