Rendido

A esperança é uma velha senhora

Caminhando cansada e sem hora

Marcada. Vai num passo lento,

Derrama alento e num rebento

Cai-se fustigada pela descrença.

Vacila na caminhada da vida,

A qual se vai numa passada tensa.

Resvala no desespero sem saída

E já totalmente sozinha

Espera num aguardo insano.

A esperança no verde do pano,

Trêmula, já sem a vida que não tinha

Assassinada como previsto no plano

Da feitura deste triste pais sem linha.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 30/06/2018
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