Rendido
A esperança é uma velha senhora
Caminhando cansada e sem hora
Marcada. Vai num passo lento,
Derrama alento e num rebento
Cai-se fustigada pela descrença.
Vacila na caminhada da vida,
A qual se vai numa passada tensa.
Resvala no desespero sem saída
E já totalmente sozinha
Espera num aguardo insano.
A esperança no verde do pano,
Trêmula, já sem a vida que não tinha
Assassinada como previsto no plano
Da feitura deste triste pais sem linha.