Batidas do coração...
O coração inocente e macio, bate sem distinção da visão do luar...
Ao passo do tempo inconsciente, da inconsistência do acontecer...
Batendo alegre com seus amigos, se alegra na presença familiar...
Seu palpitar cresce com o sorriso, em seu amor...
A solidão bate e o sol se distância da lua...
Das palavras de entes queridos, murchando ao relento...
Seus amigos de longe lhe zombam, sumindo deixando a marca de suam presença...
Como rocha, uma crosta cresce sobre sua pele...
A medida que o vento sopra, o encontro do amor lhe rompe como em uma ventania arrastando todo o pó...
Na traição do falso afeto, uma faca cravada deixando um sangramento, que o mero coração pouco poderia suportar...
As batidas se tornam curtas sobre o tempo que ainda não acabou...
Em meio a dor com a cicatriz de uma vida estancado...
No destino imprevisível, seu maior aliado cordado ao meio pela foice da morte...
De milhares de momentos à vista do brandir de sua lâmina se torna familiar, no passo dos momentos que se seguem...
Em cada batida do coração que perdeu sua inocência...
Na solidão, escondido como uma sombra na escuridão...
Batendo sem destino, um propósito brilha no alto do céu...
Uma vida incerta, incinerado pelas incertezas do sol que começa a nascer...
Se arrastando para em meio o amanhecer...
No peito ele se cala para enfim no dia renascer.