Embora
Não nos asfixiem os abraços
Nem haja amor por demais
Ao ponto de gerar ódio
Obsessão e nada mais
Curtir é aproveitar o tempo curto
De desfrutarmos da gente
Ao contrário da imunidade
À efervescência que se sente
Quando se atinge a tez
Com carícias e delícias
Mas então na mesma vez
Provam-se as malícias
Se tudo for apenas olá
Desculpe e adeus
Quantos passarão por vós
Sem plenamente serem seus?
Quando for tirar alguém de si
Não o arranque machucado
Vá com alma, devagar
Ame só mais um bocado
Caminhe em direcção ao brilho
Que molda a silhueta da despedida
Para que as idas não sejam tristes
Mas recordadas e vividas.