Embora

Não nos asfixiem os abraços

Nem haja amor por demais

Ao ponto de gerar ódio

Obsessão e nada mais

Curtir é aproveitar o tempo curto

De desfrutarmos da gente

Ao contrário da imunidade

À efervescência que se sente

Quando se atinge a tez

Com carícias e delícias

Mas então na mesma vez

Provam-se as malícias

Se tudo for apenas olá

Desculpe e adeus

Quantos passarão por vós

Sem plenamente serem seus?

Quando for tirar alguém de si

Não o arranque machucado

Vá com alma, devagar

Ame só mais um bocado

Caminhe em direcção ao brilho

Que molda a silhueta da despedida

Para que as idas não sejam tristes

Mas recordadas e vividas.

Widralino
Enviado por Widralino em 23/06/2018
Reeditado em 13/03/2019
Código do texto: T6371574
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