Talvez!

Deterioro-me no tempo

num processo que ao fim

será o tácito fim de mim.

Devolverei então a veste

que dá-me forma, corpo,

que emprestado resido.

E restarei resíduos, nada

a não ser pó, pois nunca

pertencerá nada a mim.

Nem a ti nada receberás

ao fim, eis que o teu fim

será igual ao meu fim.

Por quê ser assim então,

sê nada levamos, talvez

almas, juntos voarmos.

Nem nomes, nem títulos,

nem posses, nem bens e

será a mim o que tens...

Talvez!

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 19/06/2018
Código do texto: T6368711
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