RECOMEÇO
Agora entendo o vazio de uma existência
atrelado ao raso dos sentidos
em seara infértil deixei pegadas
tão profundas , por caminhos que não percebi
O tato antes insensível
dedilha as cordas do despertar... suavemente
a audição percebe que em silêncio
a vida reverbera por pautas musicais
A visão , tão pouco apurada
desvenda em nítidas matizes
nuances resguardadas por sigilo
do fanatismo imerso em vaidade
Do paladar apurado
degusto a aclamação
de sábias palavras
agora conhecidas
em mantra , que ainda irei entoar.