Relato

Essa fala não cala, vai como bala

Furando as paredes dos ouvidos.

Tornando atento os desapercebidos,

Que das valas saem das senzalas

Antes porões, agora galpões

De suores embebecidos.

Destapem-se os ouvidos

Dos embrutecidos peões.

Nosso país de contradições

Pervete sua constituição.

São livres os doutos ladrões

Safos vilões, pouca ação

Do povão sem cunhões

Vivendo ao sabor da corrupção. 

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 16/06/2018
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