Relato
Essa fala não cala, vai como bala
Furando as paredes dos ouvidos.
Tornando atento os desapercebidos,
Que das valas saem das senzalas
Antes porões, agora galpões
De suores embebecidos.
Destapem-se os ouvidos
Dos embrutecidos peões.
Nosso país de contradições
Pervete sua constituição.
São livres os doutos ladrões
Safos vilões, pouca ação
Do povão sem cunhões
Vivendo ao sabor da corrupção.