Matéria-prima
Sábado pra corpos lassos, almas acesas,
que mesmo livres, na real, estão presas,
às inclinações visíveis de maus pendores,
aí disfarçam os seus espinhos com flores,
acenam amores mirando o pão na mesa;
É amor, mas, ao poema, e a Sophia, esse,
sonhando que um milagre acontecesse;
apagando cada caráter dúbio, furta-cor,
geratriz do ódio ao falar em vão, de amor,
movido apenas por mesquinho interesse;
O roubo caramelizado com açúcar de falas,
com licença dos imbecis viciados nas balas;
que arfam inquietos, saudosos do vampiro,
como se fosse deles, aquele forçado retiro,
do ladrão mais hábil em ocultar suas malas;
Copa sempre tão “Copiosa” chega de lado,
agora que falta bem mais que sal ao gado;
os corruptos profissionais e o free-lancer,
oferecem a sua aspirina ao amplo câncer,
mas, é seu braço que deve ser amputado;
É muito sonhar com áudio na geração vídeo,
letras, então, como terão lugar no desidio?
Resta desalento pro sonhador, o ser infeliz,
que acredita em construir um pujante país,
usando apenas matéria-prima pra presídio...