Autoconsciência
Noauto-mar
Agora sabe quem controla a vela
Quem segura o vento
E o lápis com a mão
Descobriu-se uma janela
Não é mais a sombra de um rosto
Um corpo sem reflexão
Não é mais o vampiro instinto
Agora é dono e também o escravo
Se reconhecem
Agora sabe, que nunca foi apenas um
Mas dois olhos
Um corpo inteiro
De desejos, de pele
Não cabe em um poema
Se abre em um espectro
Do mais puro amor
Ao mais puro ódio