Linear

Sucumbem as vozes perdidas,

no vasto campo da eternidade.

Almas fustigadas, pagando o preço pela liberdade.

Perdem sua utopia de prosperidade.

Pobres escravos, libertos em pensamento,

mas presos a insanidade.

No mais, vidas se vão, e mais vivem em vão.

E o sangue derramado, jaz ao lado

com a pólvora, queimado

sobre as brasas do carvão.

Onde está a remissão?

Não há leito, só canhão! A misericórdia do arpão

é dilacerar a carne com precisão.

Só resta-lhes a caminhada quebrada.

Numa mão o estopim, na outra o trabuco.

O grito abafado quase se torna mudo, aos roucos.

E para os bons, mesmo que sejam poucos,

a morte é o último alívio!

Refúgio de um mundo de loucos...