PARABOLA
Era uma vez uma fonte à beira de um caminho,
Cuja água cristalina jorrava incessante,
Aplacando a sede de todos os caminhantes.
Eis que um dia a estiagem chegou,
E a fonte de água cristalina secou,
E os caminhantes, os mesmos caminhantes,
Nem sequer lembravam da fonte
Que um dia a sede lhes aplacou.
Enquanto a água cristalina jorrava
Saciando a sede que os abrasava,
Todos cercavam a fonte,
Porém quando esta secou,
Diante daquele buraco escuro
Nunca, nunca ninguém mais parou.
Assim somos nós humanos,
Miseráveis representantes,
Um dia a fonte representamos,
Noutro, o caminhante.