PARABOLA

Era uma vez uma fonte à beira de um caminho,

Cuja água cristalina jorrava incessante,

Aplacando a sede de todos os caminhantes.

Eis que um dia a estiagem chegou,

E a fonte de água cristalina secou,

E os caminhantes, os mesmos caminhantes,

Nem sequer lembravam da fonte

Que um dia a sede lhes aplacou.

Enquanto a água cristalina jorrava

Saciando a sede que os abrasava,

Todos cercavam a fonte,

Porém quando esta secou,

Diante daquele buraco escuro

Nunca, nunca ninguém mais parou.

Assim somos nós humanos,

Miseráveis representantes,

Um dia a fonte representamos,

Noutro, o caminhante.

Pethrus
Enviado por Pethrus em 03/06/2018
Código do texto: T6354453
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