Azul
A poema abaixo é sobre a intensidade do medo; de uma curiosidade entranhada de um sentimento da novidade do novo. Do medo a enganar de nós mesmo.
AZUL
Há uma lágrima em mim que insiste, mas não sou fácil assim; a mantenho ali
Mergulho minha face, movimento meus lábios; inspiro profundamente. Não deixo perceberem
Há uma lágrima em mim que insiste; ela espreita
Mantenho um olhar penetrante; miro ao longo preguiçosamente
Há uma lágrima em mim que insiste, mas não sou fácil assim; é alguém de ninguém
Sou descolado, sabem todos do meu bom humor; bocejo
Há uma lágrima em mim que insiste, mas ignoro; ela se oculta
Recolho-me a noite e a vejo no espelho; está quente, desce com todo seu brilho
A mantenho bem junto e protegida; porque não? Você me julga.
Eu me nego a revelar.
Por Edmar Câmara
@meuimaginal
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