A frieza silenciosa do frio.

As ruas estão tão silenciosas,

Frias.

Ruas que fazem convite de reflexão.

Um sopro

Uma brisa

Um frio que toca-nos

As folhas que sacodem nos galhos

Os pássaros que não cantam exagerados

Só se comunicam

Como se dissessem:

Como estão as coisas por aí?

E outro apenas respondesse:

Está tudo bem.

Meio frio, não é mesmo?

Mas tudo bem.

E assim cada um parte.

Logo vejo

Um vizinho,

Um senhor,

Uma senhora,

Um certo alguém,

Talvez até um doutor

Que se escora na janela

E se atrai por um olhar de esquina

Um olhar que diz:

Olhe lá, até que enfim alguém aqui passa

Ah...

Tantos convites,

Inúmeras sensações

Quando ocorre a mudança do clima

Ou até das estações.

Agora eu parei,

Cheguei no meu destino

Cheguei no cabeleireiro!

[...]

Ironia do destino

Achar que nada adiantou

O frio pegou até o cabeleireiro

Que de casa não se retirou!

Nilo Costa
Enviado por Nilo Costa em 31/05/2018
Código do texto: T6351290
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