SÍRIA E HAITI, AQUI
(Ps/427)
O Haiti é aqui.
A Síria é aqui.
Atrocidades,
Matança e apropriações.
Deserto nas noites
Da cidade, das periferias
Solidão dos sensatos
Podridão na cabeça bandida
Que abre feridas
Que não cicatriza.
O negrume da morte existe
No chorume que liga canais
Vertendo o horror das facções
Que ditam e estraçalham inocentes e
Atormentam as náiades
Poluindo as suas águas.
A dor está aqui, na Síria e no Haiti
A tristeza e a incerteza caminham
Com o luto no coração
Na desilusão vegetamos o vazio
Choramos a ausência eterna
Pouco sabemos quem somos.
Indefinidos somos de alma
Com medo e guardamos segredos
Sem desejos e sem a flor
Que um dia coloriu o jardim
E o frio apavora quando a noite
E a esperança faz-se caída.
Morrer aqui, morrer no Haiti
Morrer na Síria.
Constante morrer por morrer
Sem lança, sem guerra aqui.
Morrer por silêncio, por saber e
No silêncio ainda mais triste, morrer.
Becos das favelas,
Trilhas e ruas da cidade,
Silêncio e apatia, horas de incerteza
Rude silêncio e apatia que esconde
Perigos de quem só os vive
Secreto luar invade e descortina a vida.
A dor do fim,
Desesperançada, aguça a apatia!
(Ps/427)
O Haiti é aqui.
A Síria é aqui.
Atrocidades,
Matança e apropriações.
Deserto nas noites
Da cidade, das periferias
Solidão dos sensatos
Podridão na cabeça bandida
Que abre feridas
Que não cicatriza.
O negrume da morte existe
No chorume que liga canais
Vertendo o horror das facções
Que ditam e estraçalham inocentes e
Atormentam as náiades
Poluindo as suas águas.
A dor está aqui, na Síria e no Haiti
A tristeza e a incerteza caminham
Com o luto no coração
Na desilusão vegetamos o vazio
Choramos a ausência eterna
Pouco sabemos quem somos.
Indefinidos somos de alma
Com medo e guardamos segredos
Sem desejos e sem a flor
Que um dia coloriu o jardim
E o frio apavora quando a noite
E a esperança faz-se caída.
Morrer aqui, morrer no Haiti
Morrer na Síria.
Constante morrer por morrer
Sem lança, sem guerra aqui.
Morrer por silêncio, por saber e
No silêncio ainda mais triste, morrer.
Becos das favelas,
Trilhas e ruas da cidade,
Silêncio e apatia, horas de incerteza
Rude silêncio e apatia que esconde
Perigos de quem só os vive
Secreto luar invade e descortina a vida.
A dor do fim,
Desesperançada, aguça a apatia!