ALGUNS BRANCOS SÃO ESCRAVOS DO PRECONCEITO
Naquela face descontente tinham-se marcas da vida. Eram expressões de sofrência Castigos, fadigas e pouca alegria.
Ao seu redor, peles brancas de algodão. Em sua mão um panfleto com escritos bíblicos. Suas vestimentas desgastadas, os cabelos crescidos O que pensavas? Muitas coisas imagino.
Sua pele era preta seu olhar distraído. Estava no canto em pé pensando na vida E eu pensando como seria o mundo sem preconceito.
O tempo vale ouro, já custou muitas vidas Para quê se preocupar com o couro do outro como diz o nordestino. Se podemos ser coloridos juntando as cores com abraços.
Preconceito no séc. XXI é egoísmo de gente insatisfeita Ser preto é divinamente descente Descente é ver presos aqueles que excluem gente de sangue vermelho.
Isabel grite do céu aos daqui, que a escravidão acabou Porem alguns brancos são escravos do preconceito
não percebem que no tronco das desigualdades são eles que apanham.
Como seria conveniente se o preconceito fosse um passageiro qualquer e descesse do ônibus da vida, na parada do esquecimento, em uma cidade inexistente.
Assim aquele ser humano de coração análogo seria feliz mesmo ao caos da necessidade, ele receberia bom dia. O preconceito não está só no toque ou palavras ofensivas fingir a inexistência de alguém é o maior crime da vida.