É fome de que?

Falta-me canções para espantar os males cotidianos.

Quem sou eu diante os acontecimentos improváveis da vida?

A caminhada é longa, e como bem cantou Lulu, meus passos são de formiga e sem vontade.

Sinto fome, mas fome de quê?

Falta-me paladar, são tantos os dissabores.

Medir o tempo não me parece a melhor solução.

O relógio me aflige, seus ponteiros aflora minha insanidade, seu tic tac sem fim descompassa meu coração.

Ainda sinto fome, mas fome de quê?