Inquietude
Em noites como a de hoje,
Afogo-me em tédio e marasmo...
Nem pareço ser eu mesmo:
Esse poço de sarcasmo!
A inquietude dos dias,
Certos tal o céu indiferente
Que te banha toda noite,
Que te faz sempre mais gente!
Ando meio perdido, alheio
Aos interesses frequentes,
Pareço um capitão da areia:
Subjulgado e meio delinquente!
Amparado apenas pelo céu,
De tantos olhos, tantos faróis...
A brisa fresca e a areia fina
Configuram meus lençóis!
Feche os olhos e imagine
Os caminhos que não conhece...
Estou como quem ri, pensa
E, em soluços, se entristece!