Medo e Morte
Andamos em ruas escuras.
Onde habitam verdades cruas,
Noites que nunca serão puras.
Reluzente brilho da Lua!
Me fascina,
Me domina,
Enquanto vivo essa amarga vida..
Observo o terror que se cria
No meio dessas avenidas,
Onde tudo sai de sintonia,
E desvorizam a mais bela sinfonia.
E quão longa seria,
A canção de uma morte sofrida,
Que aos poucos seria esquecida?
Instinto tão primitivo,
Mas sem ele,
Não completaria meu nicho.
Olhando águas que antes eram claras,
Escuridão vinda de reflexão
Minha imagem degradada,
Pureza desgastada...
Onde toda situação aparenta ser uma cilada.
Todo mal é necessário,
Sentimento praticamente diário.
Só reza sua prece,
Pois de repente,
O seu dia não amanhece.
Culpa de um medo que só cresce...
Tanta ilusão,
Num mundo de ficção.
Novamente olho águas escuras,
Que antes eram claras.
Manchadas,
Modificadas...
Manchada de hipocrisia,
Com letras, canções vazias.
Então a mais bela sinfonia
Seria uma morte sofrida!